quinta-feira, 16 de junho de 2011

As Dez Figuras Negras de Agatha Christie





















·   Sinopse...
Dez desconhecidos, que visivelmente nada têm em comum, são seduzidos pelo misterioso U. N. Owen a uma mansão numa ilha da costa de Devon. Durante o jantar, a voz do anfitrião invisível acusa cada um dos convidados de ocultar um segredo terrível, e nessa mesma noite, um deles é eliminado. A tensão aumenta à medida que os sobreviventes se apercebem de que não só o assassino está entre eles como se prepara para ir atacando uma e outra vez... O que se segue é uma obra-prima de terror. À medida que cada um dos hóspedes é assassinado, as suas mortes vão sendo "comemoradas" através do desaparecimento de uma de dez estátuas, as "dez figuras negras". Restará alguém para um dia contar o que se passou naquela ilha? Em "As Dez Figuras Negras", a Ilha do Negro, local sombrio e desde sempre habitado por enigmas, é palco de um bizarro e insensível meio de justiça, onde as vítimas se encontram encurraladas pelas circunstâncias e o assassino é invisível e omnipresente.

  • As peronagens...


·        Um pouco sobre a autora…

Dame Agatha Mary Clarissa Mallowan (Torquay, 15 de Setembro de 1890Wallingford, 12 de Janeiro de 1976), mundialmente conhecida como Agatha Christie, foi uma romancista policial britânica, autora de mais de oitenta livros. Seus livros são dos mais traduzidos de todo o planeta, superados apenas pela Bíblia e pelas obras de Shakespeare, com mais de 4 bilhões de cópias vendidas em diversas línguas.
Conhecida como Duquesa da Morte, Rainha do Crime, dentre outros títulos, criou os famosos personagens Hercule Poirot, Miss Marple, Tommy e Tuppence Beresford e Parker Pyne, entre outros. Agatha Christie escreveu também sobre o pseudônimo de Mary Westmacott.
Na minha opinião uma das melhores escritoras de todos os tempos.


 

·        A minha opinião sobre o livro…
Achei esta obra bastante interessante, avaliando-a com, por esta razão aconselho a sua leitura a todas as pessoas que gostam de uma história com mistério, terror e muita acção.
Esta obra “não nós dá muito descanso”, ou seja ficámos fascinados e tão envolvidos pela história que só descansamos quando o acabámos. Foi então a intriga a razão do meu interesse, os constantes homicídios e a desconfiança por todas as personagens sem qualquer tipo de provas. Admito, por isso, que de todos os policiais que li, este foi sem dúvida aquele que mais me intrigou.
Todo o livro é bastante interessante e chamativo, contudo houve momentos que me marcaram por razões específicas. Um desses momentos foi o primeiro jantar na mansão, uma vez que foi aí que o medo e a acção propriamente dita começaram, devido a uma ameaça muito estranha. Outro dos momentos que mais me marcou foi quando Philip Lombard e Vera Claythorne estavam totalmente desesperados, na praia desconfiando um do outro. É aí que com uma arma Vera mata Philip, e mais tarde enforca-se no quarto. Por fim, o momento que mais me surpreendeu foi o desfecho, ou seja, a confissão do juíz e a revelação de todos os mistérios. É nesta parte que me apercebi do que realmente se tinha passado e me dou conta, de que este homem fez o crime perfeito, uma vez que fez com que a sua morte parece-se ser um crime. Desta forma os polícias depararam-se com dez cadáveres e nenhuma expicação.
A personagem que mais me marcou foi o juíz, pois este teve a frieza e a imaginação para criar um plano tão complexo e de fazer justiça pelas próprias mãos, apesar de matar não ser a melhor forma de fazer justiça. Foi uma personagem muito bem criada, sendo um homem bastante inteligente e audaz.
Adoro a maneira como esta história é contada, uma vez que a linguagem usada é simples e a acção e o suspense são constantes. É esta uma das características que mais apercio nos livros de Agatha Christie o constante suspense, tentei durante todo o livro desvendar a identidade do assassino, mas acabava sempre por desconfiar, e logo a seguir descartar essa possibilidade. Posso então afirmar que o verdadeiro assassino me surpreendeu, uma vez que na minha opinião podia ser qualquer um.
Este livro leva-nos a reflectir sobre a mente humana, por muito civilizados que tentemos ser, em situações de sobrevivência é o nosso instinto que pervalece, a lei da Natureza, a nossa essência primitiva.

Na minha opinião, os policiais de Agatha Christie são maravilhosos, nós envolvemo-nos neles de uma forma bastante real. Tenho de admitir que leio os livros desta autora num dia, pois não consigo ficar sem saber quem é o assassino, nem como é que a história termina. Esta capacidade de nos prender à leitura é magnífica, pois as histórias parecem reais e põem o nosso raciocínio a funcionar, são policiais extraordinários e aconselho a sua leitura a todos os leitores que gostem de mistério.

·        O poema…
Dez negrinhos vão jantar enquanto não chove;
Um deles se engasgou e então ficaram nove.
Nove negrinhos sem dormir: não é biscoito!
Um deles cai no sono, e então ficaram oito.
Oito negrinhos vão a Devon em charrete;
Um não quis mais voltar, e então ficaram sete.
Sete negrinhos vão rachar lenha, mas eis
Que um deles se corta, e então ficaram seis.
Seis negrinhos de uma colméia fazem brinco;
A um pica uma abelha, e então ficaram cinco.
Cinco negrinhos no foro, a tomar os ares;
Um ali foi julgado, e então ficaram dois pares.
Quatro negrinhos no mar; a um tragou de vez
O arenque defumado, e então ficaram três.
Três negrinhos passeando no zoo. E depois?.
O urso abraçou um, e então ficaram dois.
Dois negrinhos brincando ao sol, sem medo algum;
Um deles se queimou, e então ficou só um.
Um negrinho aqui está a sós, apenas um;
Ele então se enforcou, e não sobrou nenhum.

Seguindo a ordem deste poema inglês todos os visitantes daquela iha serão assassinados e no fim não sobrará nenhum.