

· Sinopse...
Dez desconhecidos, que visivelmente nada têm em comum, são seduzidos pelo misterioso U. N. Owen a uma mansão numa ilha da costa de Devon. Durante o jantar, a voz do anfitrião invisível acusa cada um dos convidados de ocultar um segredo terrível, e nessa mesma noite, um deles é eliminado. A tensão aumenta à medida que os sobreviventes se apercebem de que não só o assassino está entre eles como se prepara para ir atacando uma e outra vez... O que se segue é uma obra-prima de terror. À medida que cada um dos hóspedes é assassinado, as suas mortes vão sendo "comemoradas" através do desaparecimento de uma de dez estátuas, as "dez figuras negras". Restará alguém para um dia contar o que se passou naquela ilha? Em "As Dez Figuras Negras", a Ilha do Negro, local sombrio e desde sempre habitado por enigmas, é palco de um bizarro e insensível meio de justiça, onde as vítimas se encontram encurraladas pelas circunstâncias e o assassino é invisível e omnipresente. - As peronagens...
Dame Agatha Mary Clarissa Mallowan (Torquay, 15 de Setembro de 1890 — Wallingford, 12 de Janeiro de 1976), mundialmente conhecida como Agatha Christie, foi uma romancista policial britânica, autora de mais de oitenta livros. Seus livros são dos mais traduzidos de todo o planeta, superados apenas pela Bíblia e pelas obras de Shakespeare, com mais de 4 bilhões de cópias vendidas em diversas línguas.
Conhecida como Duquesa da Morte, Rainha do Crime, dentre outros títulos, criou os famosos personagens Hercule Poirot, Miss Marple, Tommy e Tuppence Beresford e Parker Pyne, entre outros. Agatha Christie escreveu também sobre o pseudônimo de Mary Westmacott.
Na minha opinião uma das melhores escritoras de todos os tempos.
· A minha opinião sobre o livro…
Achei esta obra bastante interessante, avaliando-a com¶¶¶¶¶, por esta razão aconselho a sua leitura a todas as pessoas que gostam de uma história com mistério, terror e muita acção.
Esta obra “não nós dá muito descanso”, ou seja ficámos fascinados e tão envolvidos pela história que só descansamos quando o acabámos. Foi então a intriga a razão do meu interesse, os constantes homicídios e a desconfiança por todas as personagens sem qualquer tipo de provas. Admito, por isso, que de todos os policiais que li, este foi sem dúvida aquele que mais me intrigou.
Todo o livro é bastante interessante e chamativo, contudo houve momentos que me marcaram por razões específicas. Um desses momentos foi o primeiro jantar na mansão, uma vez que foi aí que o medo e a acção propriamente dita começaram, devido a uma ameaça muito estranha. Outro dos momentos que mais me marcou foi quando Philip Lombard e Vera Claythorne estavam totalmente desesperados, na praia desconfiando um do outro. É aí que com uma arma Vera mata Philip, e mais tarde enforca-se no quarto. Por fim, o momento que mais me surpreendeu foi o desfecho, ou seja, a confissão do juíz e a revelação de todos os mistérios. É nesta parte que me apercebi do que realmente se tinha passado e me dou conta, de que este homem fez o crime perfeito, uma vez que fez com que a sua morte parece-se ser um crime. Desta forma os polícias depararam-se com dez cadáveres e nenhuma expicação.
A personagem que mais me marcou foi o juíz, pois este teve a frieza e a imaginação para criar um plano tão complexo e de fazer justiça pelas próprias mãos, apesar de matar não ser a melhor forma de fazer justiça. Foi uma personagem muito bem criada, sendo um homem bastante inteligente e audaz.
Adoro a maneira como esta história é contada, uma vez que a linguagem usada é simples e a acção e o suspense são constantes. É esta uma das características que mais apercio nos livros de Agatha Christie o constante suspense, tentei durante todo o livro desvendar a identidade do assassino, mas acabava sempre por desconfiar, e logo a seguir descartar essa possibilidade. Posso então afirmar que o verdadeiro assassino me surpreendeu, uma vez que na minha opinião podia ser qualquer um.
Este livro leva-nos a reflectir sobre a mente humana, por muito civilizados que tentemos ser, em situações de sobrevivência é o nosso instinto que pervalece, a lei da Natureza, a nossa essência primitiva.
Na minha opinião, os policiais de Agatha Christie são maravilhosos, nós envolvemo-nos neles de uma forma bastante real. Tenho de admitir que leio os livros desta autora num dia, pois não consigo ficar sem saber quem é o assassino, nem como é que a história termina. Esta capacidade de nos prender à leitura é magnífica, pois as histórias parecem reais e põem o nosso raciocínio a funcionar, são policiais extraordinários e aconselho a sua leitura a todos os leitores que gostem de mistério.
· O poema…
Dez negrinhos vão jantar enquanto não chove;
Um deles se engasgou e então ficaram nove.
Nove negrinhos sem dormir: não é biscoito!
Um deles cai no sono, e então ficaram oito.
Oito negrinhos vão a Devon em charrete;
Um não quis mais voltar, e então ficaram sete.
Sete negrinhos vão rachar lenha, mas eis
Que um deles se corta, e então ficaram seis.
Seis negrinhos de uma colméia fazem brinco;
A um pica uma abelha, e então ficaram cinco.
Cinco negrinhos no foro, a tomar os ares;
Um ali foi julgado, e então ficaram dois pares.
Quatro negrinhos no mar; a um tragou de vez
O arenque defumado, e então ficaram três.
Três negrinhos passeando no zoo. E depois?.
O urso abraçou um, e então ficaram dois.
Dois negrinhos brincando ao sol, sem medo algum;
Um deles se queimou, e então ficou só um.
Um negrinho aqui está a sós, apenas um;
Ele então se enforcou, e não sobrou nenhum.
Seguindo a ordem deste poema inglês todos os visitantes daquela iha serão assassinados e no fim não sobrará nenhum.